Histórias.
Todas fazem parte de uma imensa rede de conexões do cotidiano. É a
menina que sai de casa para jogar rúgbi ao mesmo tempo em que outra
jovem esportista e sonhadora segue para o treino de boxe chinês.
Sonhador também é o adolescente que expressa todo seu sentimento em um
pedaço de papel chamado carta. Aliás, a carta era o tipo de comunicação
comum entre os jovens que iam às sessões do Cine São Luiz, nas décadas
de 60 e 70, para se deixar envolver pela incrível magia do cinema. Arte
esta que troca sua aura ingênua para satisfazer o desejo ardente de quem
se refugia nas salas de cinema pornô no Centro de Fortaleza nos dias de
hoje.
De
certa forma, tudo está interligado. Nesta edição da revista Impressões
Digitais, os alunos do quinto semestre de Jornalismo da Universidade
Federal do Ceará foram responsáveis por construir os nós que unem as
diferentes histórias aqui narradas. Eles aliaram todo o aprendizado
durante as aulas de webjornalismo à pratica de buscar a informação com
atitude e responsabilidade de apuração.
Aliando
convergência midiática às diversas técnicas de construção da notícia,
cada repórter, editor e fotógrafo em potencial reconstruiu as histórias
de diferentes personagens do nosso dia a dia, buscando toques de
heroísmo, coragem, emoção e aprendizado em cada conversa.
Não
importa se tratam-se de anônimos completos, como pais e mães, que
acompanham os filhos internados no Hospital Infantil Albert Sabin, à
espera de um milagre. Ou se são divas do forró que esbanjam simpatia e
glamour por onde passam, arrastando legiões de fãs e movimentando os
cofres da indústria cultural.
O
que interessa é se a história, se a prosa, se o causo é bom! E, assim,
como contadores de histórias da era da sociedade em rede, os estudantes
construíram reportagens multifacetadas, em diferentes formatos, mas
todas centradas nos personagens, exercitando o modelo narrativo do
perfil.
Ao
conferir esta revista, você, certamente, escolherá uma ordem de
leitura, uma história com a qual se identifica mais. Fique à vontade
para começar por onde quiser, pois, no universo da web, você pode
construir sua própria ordem dos fatos e, assim, escrever uma história
diferente a cada clique.