Todo mundo tem um ídolo. E quase todo mundo já fez ou faria loucuras por ele. Escrever cartas com mais de 100 metros de comprimento, marcar o corpo com tatuagens com o nome do artista, viajar quilômetros para assistir a um show, dormir na fila para comprar um ingresso. Mas mudar o hábito alimentar não é algo muito comum. Foi o que aconteceu com Vanessa Santiago, estudante do curso de Letras da Universidade Federal do Ceará (UFC), vegetariana há quase quatro anos.
“Enquanto assistia ao peixe lutando para respirar, percebi que a vida dele é tão importante para ele quanto a minha é para mim’. Paul McCartney disse isso durante uma pescaria, quando se tornou vegetariano”. A frase do ex-beatles mudou a vida de Vanessa. A partir daí, ela começou a pesquisar sobre o tema na internet e resolveu que seria vegetariana. No começo, era das mais radicais e foi um pouco complicado: “meus pais não aceitavam, disseram que eu ia passar fome”.
Com o tempo, a estudante moldou a alimentação e hoje se diz mais relativista. Para ela, o vegetarianismo é mais um hábito alimentar que um estilo de vida, mas isso não quer dizer que não mude sua forma de viver. Porém, o que coloca o novo hábito em prova é a dificuldade em encontrar restaurantes vegetarianos na cidade. Poucos estabelecimentos têm opções para esse tipo de alimentação. O que ela mais frequenta é o Mandir, que é inteiramente vegetariano e fornece vários pratos no almoço e no jantar.
Quando se trata de compras no supermercado, a estudante afirma não haver muitos problemas. “Eu gosto muito de fruta, então, fica fácil, além de hoje já se ter uma variedade de produtos de soja, que é bem mais barato do que a carne”.
Apesar da falta de opções de restaurante, Vanessa não tem muito o que reclamar do vegetarianismo: “é mais saudável, tem tudo que eu preciso.” Ela recomenda que todos que querem tornar-se vegetarianos procurem um endocrinologista para que façam exames que detectem alguma deficiência, e um nutricionista, para que passem uma dieta.
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Infográfico: Tipos de Vegetarianismo |
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